domingo, 18 de janeiro de 2009

Problemas iguais, denominações diferentes

A denominação de uma compulsão / comportamento compulsivo observado em uma pessoa pode variar de acordo com seu status e conta bancária.

Veja estes dois exemplos:

  • Se um homem gosta muito de sexo e apresenta um comportamento promíscuo, ele é chamado de pegador, garanhão. Se for uma mulher, invariavelmente ela será chamada de piranha. Agora, se for uma celebridade, será um compulsivo sexual (e, provavelmente, estará internado nas melhores clínicas de reabilitação do mundo, curtindo sua compulsão em paz, ops, quero dizer, tratando-se de seu desvio de conduta). Quem não se recorda de Michael Douglas?
  • Agora, se a pessoa tem por hábito a apropriação de objetos alheios, a denominação varia de acordo com a classe social. Se for pobre, é chamado de ladrão, e será trancafiado em uma cadeia superlotada, de onde sairá diplomado nas artes criminais. Se for político, é chamado de corrupto, por alguns dias vira notícia na TV, mas seu mandato não é cassado, seu processo não vai adiante, e ele aproveita nosso dinheiro desviado curtindo mordomias / aposentadoria prévia em algum paraíso fiscal. Agora, se for uma celebridade, não há dúvida: é um cleptomaníaco que não resistiu ao impulso e levou para casa "souvenirs" de alguma boutique de luxo e se "esqueceu" de pagar e, para se redimir, vai procurar tratamento psiquiátrico e se curar. Winona Ryder já foi notícia internacional por apresentar este pequeno "probleminha". Poderia, também, dar um exemplo ocorrido aqui no Brasil envolvendo uma pessoa de destaque, mas prefiro não fazer isso, pois certamente seria chamada de anti-semita, algo que estou longe de ser.




E o que resta para nós, pobres mortais compulsivos, sem fama nem conta bancária polpuda?



Por Fulana Id

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